O FENÔMENO DAS SECAS DO SERTÃO NORDESTINO - ENTENDA O SEU FUNCIONAMENTO
Quando os portugueses chegaram no interior do que hoje é o Ceará, perceberam que toda a região era na realidade um quinhão seco. Isto porque o flagelo da seca não era consequência das mudanças climáticas que estavam se tornando realidade após o período da Revolução Industrial no século XVIII, mas sim um fenômeno natural, embora o aquecimento global tenha impactado tal problema mais adiante.
Seca na Chapada do Araripe, em 1923.
Existe até hoje um dilema sobre os motivos reais da seca, isto porque prever e encontrar relações estatísticas para o Sertão semi-árido não é bem estruturado. Não temos as 4 estações do ano e nem mesmo um sistema atmosférico perfeito. O resultado disto é o que vem assolado o povo de terras subúmidas.
Segundo os meteorologistas, o período de chuvas (lembrando que é errôneo ser categorizado de inverno) na região é de fevereiro à abril, a Zona de Convergência Inter-Tropical (ZCIT) é a responsável pelas chuvas às regiões próximas à linha do equador, o que inclui boa parte do Nordeste brasileiro, vale ressaltar que as ondas de leste também são responsáveis pelas chuvas em parte da região, mas menos expressivo. O problema deste fenômeno natural é a sua dependência da temperatura do Oceano Atlântico na costa centro-norte - quando resfriado a zona perde potencial, e quando quente, ganha força.
O aquecimento do Pacífico ocasiona o El-Niño, causando secas severas.
Nisto devemos citar o El-Niño, que ocorre devido o aquecimento do Pacífico na linha Equatoriana, e o resfriamento das águas do Atlântico centro-norte. Enfim, todas estas anomalias (variação da temperatura) são inconstantes; por isso seria injusto acusar um órgão meteorológico por ter um grande desvio em suas previsões.
A situação presente até hoje mostra a ocorrência do La-Niña, mas o problema é que até o ano que vem ele terá perdido sua intensidade, mas provavelmente as precipitações serão dentro da média história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário